Hoje graças aos esforços de pessoas como a saudosa Lilia Ribeiro (TULEF), Pai
Ronaldo Linares e Pai Rubens Saraceni; incansáveis na divulgação de fatos históricos que
marcaram a origem da Umbanda, muitas pessoas conhecem a história do dia 15 de Novembro
de 1908, data em que o Caboclo das Sete Encruzilhadas por meio de seu médium e Pai da
Umbanda, Zélio de Moraes, anunciou que vinha para trazer uma nova Religião, a Umbanda.
Mas poucos sabem, além deste fato, de outras histórias e iniciativas partidas de Zélio e
do Chefe, como era tratado o Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas. Graças ao trabalho do
também incansável irmão e Pai Diamantino Fernandes Trindade, hoje temos mais
conhecimento sobre um dos maiores e primeiros trabalhadores de Umbanda, Leal de Souza.
Pois bem, cabe aqui algumas reflexões sobre as iniciativas primeiras e originais que
foram o foco inicial da religião de Umbanda e ponto de partida de onde a mesma se multiplicou
para todo o pais e o mundo. Em cima desta base fundamental e original estão alicerçadas
todas as formas de pensar a Doutrina, Teologia, Liturgia e o Ritual da Religião de Umbanda
que viriam a surgir posteriormente; embora hajam variações doutrinárias, de casa para casa, a
“espinha dorsal” de base e fundamento está formada e alicerçada já em sua origem enquanto
religião.
Na Primeira manifestação do Chefe lhe é perguntado qual o seu nome ao que ele
responde Caboclo das Sete Encruzilhadas pois não haverão caminhos fechados para mim,
com esta resposta ele já identifica em seu primeiro pronunciamento que existem Sete
Caminhos. Sua forma plasmada naquele momento é de um Frei Jesuíta e ele explica que “foi”
o Frei Gabriel de Malagrida, queimado na Inquisição por prever o terremoto de Lisboa; aqui o
Chefe mostra que não está limitado pela identidade de Caboclo, mas que é uma opção
manifestar-se como tal, uma escolha que seria adotada por milhões de espíritos que foram
índios e outros que nunca o foram mas se assentam nas linhas de Umbanda. Foi também o
Chefe, Caboclo das Sete Encruzilhadas, por meio do Pai da Umbanda, Zélio, quem determinou
a necessidade de se criar mais Sete Tendas para dar inicio à multiplicação da Religião, em
1918, fundando a segunda Tenda de Umbanda (a Tenda Espírita Nossa Senhora da
Conceição); em 1939 o Chefe determinou a criação da primeira Federação de Umbanda, a
atual UEUB (União Espiritista de Umbanda do Brasil) dirigida pelo querido Pai Pedro Miranda;
por sua ordem também foi realizado o Primeiro Congresso Nacional do Espiritismo de
Umbanda, em 1941 e a mesma UEUB criou em 1947 o primeiro Jornal de Umbanda. Todas
estas iniciativas foram fundamentais para a expansão e fundamentação da Umbanda no Brasil,
sem as quais provavelmente hoje nenhum de nós estaria aqui praticando e vivendo a
Umbanda.
Como a maioria dos fundadores, lideres, primeiros e outros que tiveram a missão de
trazer algo novo da espiritualidade para a matéria, Zélio de Moraes não produziu obra literária,
mas preparou mediunicamente alguns dos escritores da Umbanda como Leal de Souza
(Dirigente da Tenda Espírita Nsª. Sra. Da Conceição), Capitão Pessoa (Dirigente da Tenda
Espírita São Jerônimo) e João Severino Ramos (Dirigente da Tenda Espírita São Jorge),
destacando-se o primeiro como pioneiro da literatura de Umbanda.
Jornal Nacional da Umbanda
Em seu primeiro livro dedicado inteiramente à Umbanda, Leal de Souza já lança a pedra
fundamental de um dos temas que mais fascina, desperta interesse e curiosidade, As Sete
Linhas de Umbanda. Pois o titulo desta obra prima publicada em 1933 é justamente O
Espiritismo, A Magia e as Sete Linhas da Umbanda. Leal de Souza também preparado por
Zélio e o Caboclo das Sete Encruzilhadas, convivendo também com Pai Antônio e Orixá Malet,
registra nesta obra a primeira versão impressa do que seriam as Sete Linhas de Umbanda e
dentro de uma organização doutrinária e teológica do que vem a ser a Linha Branca de
Umbanda e Demanda. Suas idéias a cerca das Sete Linhas de Umbanda, que tem origem no
trabalho do Chefe, foram aceitas pelo Primeiro Congresso de Umbanda e também se
perpetuaram na memória e pratica da religião como um dos fundamentos base da mesma, o
conceito de que a religião de umbanda se alicerça doutrinariamente, teologicamente e
ritualisticamente a partir de Sete Linhas ou se preferir Sete Vibrações de Deus, nas quais tudo
na criação tem origem e fundamento.
Para concluir mas não finalizar pois há de se escrever muitos livros das várias iniciativas
destes pioneiros, chamamos a tenção para as entrevistas que Zelio de Moraes concedeu à
irmã Lilia da TULEF, não apenas foi entrevistado como permitiu que fosse gravadas
mensagens do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Zélio no período de 1972 a 1975 permitiu-se
gravar depoimentos, até hoje muitos se questionam se pode ou deve gravar mensagens de
entidades e já naquele tempo o Chefe se permitiu gravar e fala com todas as palavras, para
quem quiser ouvir, que veio para trazer a Umbanda junto de seu médium Zélio Fernandino de
Moraes.
Estas iniciativas primeiras são apenas algumas entre os fatos que marcam a história
original e de origem da Religião de Umbanda, a nós é dado a oportunidade de perpetuá-la e
valorizar nossos “mártires” que deram sua vida pela e para a Umbanda.
Ronaldo Linares e Pai Rubens Saraceni; incansáveis na divulgação de fatos históricos que
marcaram a origem da Umbanda, muitas pessoas conhecem a história do dia 15 de Novembro
de 1908, data em que o Caboclo das Sete Encruzilhadas por meio de seu médium e Pai da
Umbanda, Zélio de Moraes, anunciou que vinha para trazer uma nova Religião, a Umbanda.
Mas poucos sabem, além deste fato, de outras histórias e iniciativas partidas de Zélio e
do Chefe, como era tratado o Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas. Graças ao trabalho do
também incansável irmão e Pai Diamantino Fernandes Trindade, hoje temos mais
conhecimento sobre um dos maiores e primeiros trabalhadores de Umbanda, Leal de Souza.
Pois bem, cabe aqui algumas reflexões sobre as iniciativas primeiras e originais que
foram o foco inicial da religião de Umbanda e ponto de partida de onde a mesma se multiplicou
para todo o pais e o mundo. Em cima desta base fundamental e original estão alicerçadas
todas as formas de pensar a Doutrina, Teologia, Liturgia e o Ritual da Religião de Umbanda
que viriam a surgir posteriormente; embora hajam variações doutrinárias, de casa para casa, a
“espinha dorsal” de base e fundamento está formada e alicerçada já em sua origem enquanto
religião.
Na Primeira manifestação do Chefe lhe é perguntado qual o seu nome ao que ele
responde Caboclo das Sete Encruzilhadas pois não haverão caminhos fechados para mim,
com esta resposta ele já identifica em seu primeiro pronunciamento que existem Sete
Caminhos. Sua forma plasmada naquele momento é de um Frei Jesuíta e ele explica que “foi”
o Frei Gabriel de Malagrida, queimado na Inquisição por prever o terremoto de Lisboa; aqui o
Chefe mostra que não está limitado pela identidade de Caboclo, mas que é uma opção
manifestar-se como tal, uma escolha que seria adotada por milhões de espíritos que foram
índios e outros que nunca o foram mas se assentam nas linhas de Umbanda. Foi também o
Chefe, Caboclo das Sete Encruzilhadas, por meio do Pai da Umbanda, Zélio, quem determinou
a necessidade de se criar mais Sete Tendas para dar inicio à multiplicação da Religião, em
1918, fundando a segunda Tenda de Umbanda (a Tenda Espírita Nossa Senhora da
Conceição); em 1939 o Chefe determinou a criação da primeira Federação de Umbanda, a
atual UEUB (União Espiritista de Umbanda do Brasil) dirigida pelo querido Pai Pedro Miranda;
por sua ordem também foi realizado o Primeiro Congresso Nacional do Espiritismo de
Umbanda, em 1941 e a mesma UEUB criou em 1947 o primeiro Jornal de Umbanda. Todas
estas iniciativas foram fundamentais para a expansão e fundamentação da Umbanda no Brasil,
sem as quais provavelmente hoje nenhum de nós estaria aqui praticando e vivendo a
Umbanda.
Como a maioria dos fundadores, lideres, primeiros e outros que tiveram a missão de
trazer algo novo da espiritualidade para a matéria, Zélio de Moraes não produziu obra literária,
mas preparou mediunicamente alguns dos escritores da Umbanda como Leal de Souza
(Dirigente da Tenda Espírita Nsª. Sra. Da Conceição), Capitão Pessoa (Dirigente da Tenda
Espírita São Jerônimo) e João Severino Ramos (Dirigente da Tenda Espírita São Jorge),
destacando-se o primeiro como pioneiro da literatura de Umbanda.
Jornal Nacional da Umbanda
Em seu primeiro livro dedicado inteiramente à Umbanda, Leal de Souza já lança a pedra
fundamental de um dos temas que mais fascina, desperta interesse e curiosidade, As Sete
Linhas de Umbanda. Pois o titulo desta obra prima publicada em 1933 é justamente O
Espiritismo, A Magia e as Sete Linhas da Umbanda. Leal de Souza também preparado por
Zélio e o Caboclo das Sete Encruzilhadas, convivendo também com Pai Antônio e Orixá Malet,
registra nesta obra a primeira versão impressa do que seriam as Sete Linhas de Umbanda e
dentro de uma organização doutrinária e teológica do que vem a ser a Linha Branca de
Umbanda e Demanda. Suas idéias a cerca das Sete Linhas de Umbanda, que tem origem no
trabalho do Chefe, foram aceitas pelo Primeiro Congresso de Umbanda e também se
perpetuaram na memória e pratica da religião como um dos fundamentos base da mesma, o
conceito de que a religião de umbanda se alicerça doutrinariamente, teologicamente e
ritualisticamente a partir de Sete Linhas ou se preferir Sete Vibrações de Deus, nas quais tudo
na criação tem origem e fundamento.
Para concluir mas não finalizar pois há de se escrever muitos livros das várias iniciativas
destes pioneiros, chamamos a tenção para as entrevistas que Zelio de Moraes concedeu à
irmã Lilia da TULEF, não apenas foi entrevistado como permitiu que fosse gravadas
mensagens do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Zélio no período de 1972 a 1975 permitiu-se
gravar depoimentos, até hoje muitos se questionam se pode ou deve gravar mensagens de
entidades e já naquele tempo o Chefe se permitiu gravar e fala com todas as palavras, para
quem quiser ouvir, que veio para trazer a Umbanda junto de seu médium Zélio Fernandino de
Moraes.
Estas iniciativas primeiras são apenas algumas entre os fatos que marcam a história
original e de origem da Religião de Umbanda, a nós é dado a oportunidade de perpetuá-la e
valorizar nossos “mártires” que deram sua vida pela e para a Umbanda.
Artigo retirado: Jornal da Umbanda
São Paulo, 25 de Janeiro, 2011
Edição Especial 01
Pg. 08
Escrito por: Alexandre Cumino
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